quinta-feira, 26 de abril de 2012

O ESCRITOR DE GAMES

A industria de jogos eletrônicos movimenta muito dinheiro todos os anos e está em constante expansão. Ao contrário do mercado de livros, que por vezes se sente ameaçado pelo avanço das novas plataformas tecnológicas e ainda não descobriu exatamente como lidar com elas, os empresários dos games se beneficiam cada vez mais destas, inclusive levando as tecnologias da computação a avançar para que consiga abarcar jogos cada vez mais sofisticados.

Mas nem só de avanços de hardware e software vivem os jogos. A base de um bom jogo está, antes de tudo, na história que ele conta. E escritores tem se dedicado a este filão para tornar os jogos cada vez mais criativos.

Um bom escritor para este meio precisa ser estar interessado em inovar, fazendo uso das potencialidades que a plataforma oferece. O foco é a experiencia do jogador, assim como no livro é a experiência do leitor. A grande diferença está na interatividade e nos caminhos construídos para e a partir dessa.




















Sobre o assunto a Revista Super Interessante publicou duas notas: Escritores de Games (2009) e A Industria de Games Precisa de Escritores (2012).

Não é de hoje que autores se interessam por jogos. Segundo reportagem do Blog da Estante Virtual, Lewis Carrol, Mark Twain, Robert Louis Stevenson e H.G. Wells eram apaixonados por jogos chegando a desenvolvê-los fora ou dentro da sua literatura.

A reportagem também explica um pouco do trabalho do escritor de jogos eletrônicos:
Quem já trabalha no ramo explica que o dia-a-dia dos escritores de games consiste em dar solidez aos enredos criados pelos desenvolvedores de jogos, ajudando-os, sobretudo, na criação dos diálogos de seus personagens. Mas para desenvolver a escrita para jogos é preciso estar atento às muitas restrições da plataforma, isto é, a quantidade de texto que cabe em uma tela, assim como os tipos de animações e expressões faciais possíveis de serem traduzidas do texto para a imagem. Mesmo quando o game é inspirado em um filme, o trabalho do escritor não se torna mais fácil. É preciso uma dose extra de criatividade para sair do óbvio, construir uma nova história e não deixar a audiência desinteressada.
É um bom desafio para qualquer autor.

Com a sedimentação do gênero quem sabe os leitores não passem a contabilizar, na sua lista de leituras, além dos livros lidos também os games jogados?

[via Livros e Afins]

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