quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

SOUND AND VISION




Beck talvez seja um dos artistas do século passado que melhor entendeu a internet. Em vez de discutir download x streaming, ele entendeu que a rede é um vínculo direto do artista com o público e que esse contato vai além do lançamento de discos, singles, turnês ou clipes. Assim, ele cria uma série de projetos que o fazem reimaginar o conceito de música popular à luz das novas tecnologias, como o Song Reader que lançou no fim do ano passado – uma compilação de canções não-gravadas publicadas no formato de partituras. Quem quiser ouvi-las, que as toque.

Nesse novo vídeo, Beck se posiciona em uma arena circular, girando sozinho com seu violão entre o público e uma orquestra de 160 músicos (que inclui uma seção de cordas, um coral gospel, os Dap-Kings, um tocador de serrote, outro de teremin, uma harpista, integrantes de uma banda marcial, um grupo de música peruana e outro de música da Indonésia – todos regidos pelo pai de Beck, David Campbell). As gravações foram feitas usando uma horrenda Binaural Head e o número de microfones e de câmeras espalhados por todos os ângulos conseguiu registrar cada detalhe da versão épica para o clássico de Bowie, que ressoa em diferentes cantos dos fones de ouvido. 

(via TrabalhoSujo)

KOROWAI


Em Papua Nova Guiné, há uma tribo chamada Korowai, descoberta em 1970 – até então, eles não sabiam da existência de outras pessoas fora de sua cultura. Dentre diversas particularidades dessa tribo, uma delas se destaca: eles vivem em casas nas árvores, construídas a mais de trinta metros de altura, e têm acesso a elas por meio de cipós e escadas talhadas em seus troncos. E como se já não fosse difícil demais, tem ainda um agravante: eles dispõe somente das ferramentas mais básicas e constroem tudo, literalmente, com as próprias mãos.

Como se já não fosse legal o bastante, os membros da Korowai ainda têm um habito inspirador: quando membros da tribo se casam, todos os integrantes do grupo se unem para dar aquele que é o melhor presente que um novo casal poderia querer – uma casa nova, em cima da árvore. Todos trabalham com vontade pois sabem que, quando for a vez deles, eles serão recompensados. Assim, a roda da vida gira.





(via Hypeness)

NINA SIMONE EM MONTREUX




Show completo da deusa Nina Simone em 1976.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

KATE BiNGAMAN-BURT - E O CONSUMO DESENHADO


Você lembra tudo o que comprou ontem? Não só as coisas mais caras: o refrigerante, o jornal, o bilhete de metrô. Consegue se lembrar de todas as compras da última semana? A ilustradora Kate Bingaman-Burt, desde 2006, desenha com um traço simples e cheio de charme, absolutamente todas as coisas que compra, todos os dias. Da pra ver tudo o que ela comprou o ano passado, aqui.








(via IdeaFixa)

MIL LIKES



A pós-modernidade.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

RIO DE NOJEIRO 2013

Mais uma do Gabriel Pardal na caneta e pincel. Outras criações no seu site pessoal.

ABC DOS ARQUITETOS



Essa animação produzida pela Fedelpeye mostra os nomes dos maiores arquitetos do mundo de A a Z, e suas construções icônicas.

À ESPERA DA LUZ


As pessoas esperam de formas diferentes. Principalmente quando elas estão esperando um bebê. Essa foi a motivação do ensaio Waiting criado pela fotógrafa Jana Romanova. Segundo ela, as mulheres, logo quando engravidam, já estão prontas para se tornarem mães. Os homens, entretanto, não sofrem mudanças hormonais – apenas ocupam o papel social de esperar junto com a mulher. Ela decidiu então fotografar casais dormindo ou sonolentos, em momentos nos quais eles não estão se importando com a aparência, o que nos permite observar mais claramente o comportamento das duas pessoas diante da expectativa da chegada de um novo ser. Apesar de não haver ação nas fotos, é um exercício interessante imaginar como a gravidez afeta essas pessoas comuns.


































































CANSEI DE SER LUIZA SÁ




Todas essas fotos são da Luiza Sá da banda Cansei de Ser Sexy (CSS). Para mais fotos clique aqui.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ANTES DA MEIA NOITE


A Sony anunciou a data prevista para o lançamento de Antes da Meia-Noite nos cinemas norte-americanos: a terceira parte da história de amor entre Celine (Julie Delpy) e Jesse (Ethan Hawke) chegará aos cinemas no dia 24 de maio com circuito limitado apenas para Nova York e Los Angeles.

Ainda não se sabe quando Antes da Meia-Noite será lançado no Brasil.

Novamente com direção de Richard Linklater, a história acontece nove anos depois dos eventos de Antes do Pôr-do-Sol e apresenta o casal se reencontrando para passar um dia na Grécia.

Abaixo uma entrevista feita no Sundance Film Festival com Julie Delpy, Ethan Hawke e Richard Linklater.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

124 SONHOS DE GEORGES PEREC


La Boutique Obscure (124 Dreams) é um livro de sonhos escrito pelo autêntico escritor francês Georges Perec. Neste livro ele mais uma vez revoluciona a linguagem literária, criando a primeira "autobiografia de sonhos". De 1968 até 1972 - o mesmo período em que ele escreveu seus livros mais conhecidos - Perec se desafiou a traduzir suas visões do inconsciente diretamente para a prosa. 

O livro ainda não tem tradução para o português, mas pode ser comprado por aqui

SOMEBODY THAT I USED TO KNOW - GOTYE



Now and then I think of when we were together
Like when you said you felt so happy you could die
Told myself that you were right for me
But felt so lonely in your company
But that was love and it's an ache I still remember

You can get addicted to a certain kind of sadness
Like resignation to the end, always the end
So, when we found that we could not make sense
Well, you said that we would still be friends
But I'll admit that I was glad that it was over

But you didn't have to cut me off
Make out like it never happened and that we were nothing
And I don't even need your love
But you treat me like a stranger and that feels so rough
No, you didn't have to stoop so low
Have your friends collect your records and then change your number
I guess that I don't need that though
Now you're just somebody that I used to know
Now you're just somebody that I used to know
Now you're just somebody that I used to know

Now and then I think of all the times you screwed me over
But had me believing it was always something that I'd done
But I don't wanna live that way, reading into every word you say
You said that you could let it go
And I wouldn't catch you hung up on somebody that you used to know

But you didn't have to cut me off
Make out like it never happened and that we were nothing
And I don't even need your love
But you treat me like a stranger and that feels so rough
No, you didn't have to stoop so low
Have your friends collect your records and then change your number
I guess that I don't need that though
Now you're just somebody that I used to know

Somebody, I used to know
Somebody, now you're just somebody that I used to know
Somebody, I used to know
Somebody, now you're just somebody that I used to know

I used to know
That I used to know
I used to know
Somebody

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

ENSAIOS - DAVID FOSTER WALLACE


O suicídio é uma marca d'água que surge instantaneamente em todas as páginas da obra de um autor.

Quando Walter Benjamin (1892-1940) se matou, ingerindo tabletes de morfina, tornou-se impossível ler qualquer de seus textos sem pensar, a cada página: "Esse homem se matou". O suicídio é agora parte fundamental de seu sistema de pensamento.

A obra de David Foster Wallace (1962-2008) também traz essa marca d'água, provavelmente contra a sua vontade.

É muito difícil ler qualquer dos contos da coletânea "Breves Entrevistas com Homens Hediondos", lançada aqui em 2005, sem que o mantra "esse homem se matou" fique ecoando na consciência.

A verdade é que a violência do suicídio -Sylvia Plath (1932-63), Torquato Neto (1944-72)- ou do homicídio -Federico Garcia Lorca (1898-1936), Euclides da Cunha (1866-1909)- é um passo importante na mitificação de um autor.

Foster Wallace foi um mestre absoluto do mapeamento da exótica mitologia ianque.

Tratava com tanto afinco os assuntos mais bizarros da cena contemporânea, que causa espanto não ter deixado umas cem páginas sobre a preparação do próprio suicídio e o efeito que esse evento teria na mente dos leitores.

Wallace era maníaco por detalhes objetivos e subjetivos. Sua obsessão pelas particularidades do comportamento humano não rendeu apenas boa ficção. Rendeu também impagáveis reportagens sobre temas excêntricos.

Quatro de suas melhores matérias jornalísticas estão na coletânea "Ficando Longe do Fato de Já Estar Meio que Longe de Tudo", organizada pelo ficcionista e tradutor Daniel Galera.

Completam a seleção uma palestra sobre o inacessível humor em Kafka, ao menos para "estudantes com ressonâncias neurais norte-americanas", e um discurso "sem baboseiras retóricas" aos formandos do Kenyon College.

FRACTAL

Os melhores momentos da antologia são proporcionados justamente pelo trabalho de campo. Pelo visto, os editores se divertiam enviando Wallace aos eventos mais bizarros, apenas para ver o que aconteceria.

Assim, a convite da revista "Harper's", o escritor foi cobrir o samba do crioulo doido batizado de Feira Estadual de Illinois. Depois, a convite da mesma revista, fez um cruzeiro turístico pelo Caribe.

Dessas experiências surgiram duas "colagens sensório-hipnóticas" -categoria criada por ele- de tudo o que viu, ouviu e fez. O estilo de Wallace pode parecer excessivo e complicado, mas não é. Sua prosa é matematicamente bela e simples como um fractal.
Mais tarde, a convite da "Gourmet Magazine", o escritor foi ao Festival da Lagosta do Maine e ficou indignado com o modo como as lagostas são fervidas: vivas.

Seu relato é um vigoroso arrazoado contra essa prática hedionda. Por fim, a convite do "New York Times", foi a assistir à partida entre os tenistas Federer e Nadal, na final de Wimbledon, em 2006.

Dessa vez a colagem sensório-hipnótica é sobre a "beleza cinética" do tênis e a momentânea reconciliação da mente com o corpo.

O método discursivo de David Foster Wallace, nesses textos, parece até com o da conversa de salão.

Quase dá para ouvir sua voz fantasmagórica, agora do além-túmulo, organizando as descrições, os diálogos, as digressões e as notas de rodapé, com a lucidez maníaca dos detalhistas.

FICANDO LONGE DO FATO DE JÁ ESTAR MEIO QUE LONGE DE TUDO
AUTOR David Foster Wallace
EDITORA Companhia das Letras
TRADUÇÃO Daniel Galera e Daniel Pellizzari
QUANTO R$ 44,50 (312 págs.)
AVALIAÇÃO ótimo

AS PINTURAS DE GERHARD RICHTER


Trailer do documentário sobre Gerhard Richter, seu processo e sua história como um pintor experimental sempre em busca de novas técnicas.

GIRLS



"Girls" narra a história de Hanna Horvath (interpretada por Lena Dunhan, que também escreve e dirige vários episódios), uma aspirante a escritora que precisa se virar sozinha depois que seus pais decidem retirar a ajuda financeira. Com 24 anos, a protagonista é acomodada, mimada e traz sérios problemas de autoestima, compondo um personagem complexo e que pode evoluir bastante ao longo da série.

Além de Hanna, “Girls” também apresenta Marnie (Allisson Williams), uma recepcionista da galeria de arte, cujo sonho é trabalhar com questões ambientais. Ela é apresentada como a mais “responsável” do grupo, mas mesmo assim vive um relacionamento completamente enfadonho com alguém que não combina com ela.

Já Jessa (Jemima Kirke) é uma britânica estudante de filosofia, que afirma ter viajado pelos quatro cantos do planeta. Seu estereótipo é o da garota descolada e bem resolvida, mas logo percebemos que as coisas não são exatamente da forma que ela demonstra.

A última personagem é Shoshanna (Zosia Mamet), a prima de Jessa. Entre todas as garotas, esta foi a que menos teve destaque no piloto, sendo mostrada apenas como uma pessoa boba e ingênua, que adora “Sex and the City”.

Por ser uma série que também se passa em Nova York e mostra a vida de quatro mulheres, as comparações com a série mais antiga são inevitáveis. Exatamente por isso, “Girls” já faz uma piada sobre o assunto mostrando que sabe das similaridades, mas mesmo assim quer contar a história das quatro garotas de 20 e poucos anos.

Lena Dunhan, como diretora, faz um bom trabalho no comando da produção, sem grandes invenções técnicas. Temos tanto tomadas abertas da cidade quanto focados nas personagens, de acordo com a necessidade narrativa. Uma opção à parte, o figurino de Hanna nos mostra que ela quer ser uma mulher “fashion”, porém não consegue lidar com seu próprio corpo e com sua estima baixa em relação ao peso.

É exatamente sua baixa estima que a faz refém de uma relação com um rapaz que não possui nenhum sentimento por ela, apenas a usa para ter relações sexuais (sendo “ruim de cama”, o que é ainda pior).

(via Séries)


domingo, 10 de fevereiro de 2013

MASSAGEM NOS OLHOS



Uma série de GIFS feitos pelo artista digital croata Paolo Čerić, usando o Processing.


ENCAIXE PERFEITO



Tem um Tumblr maravilhoso esperando por você que está ansioso com o Carnaval. O Things Fitting Perfectly Into Things é um blog que se vale da tranquilidade aparente em ver coisas se encaixando perfeitamente em outras. Uma delícia relaxante, como uma cachoeira gelada ou duas horas de sua série favorita.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O DIÁRIO DE RYAN KENNY




Ryan Kenny leva sua máquina fotográfica para todos os lugares em que vai e tira fotos de seus amigos por todo canto. Em suas fotos percebemos um misto de registro de um diário ou de um reality show. 




quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

LISA CONGDON


Livro publicado com o trabalho da ilustradora Lisa Congdon.



LLEWYN DAVIS - IRMÃOS COEN



Os irmãos e cineastas Joel e Ethan Coen vão produzir filme sobre a cena da música folk em Nova York. O longa contará história fictícia sobre a vida do musicista folk Llewyn Davis no período em que o estilo reviveu na maior cidade dos Estados Unidos, em meados dos anos 60. De acordo com a Rolling Stone, o filme será inspirado no artista Dave Van Ronk, figura central da cena folk novaiorquina na época.

Como de costume da dupla, Inside Llewyn Davis será escrito, dirigido e produzido pelos irmãos Coen,  com produção assinada por Scott Rudin e Robert Graf.

O filme ainda não tem data prevista para lançamento.

TUDO O QUE VOCÊ NÃO QUERIA SABER SOBRE SEXO



Marília Gabriela conversa com a doutora em antropologia Mirian Goldenberg. Como autora, publicou 17 livros, o último chamado "Tudo o que você não queria saber sobre sexo". Atração, traição e sexo serão alguns dos temas discutidos no programa.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O FOTÓGRAFO CAI MAS A FOTO NÃO

O professor de fotografia Kerry Skarbakka criou um conceito que parece bastante simples e direto: cair de várias formas e de vários lugares e capturar o momento certo para seu projeto The Struggle to Right Oneself. Mas quando você colocar os olhos sobre as fotografias dá pra imaginar o quanto ele se machucou em cada uma delas – ele mesmo já revelou que as fotos já lhe custaram ”uma fratura na costela, um tornozelo torcido, cortes por todo o corpo e dores crônicas no pescoço e na coluna”.

O método de trabalho usado por Kerry é simples: ele posiciona a câmera no lugar da cena escolhida para o tombo, organiza os objetos do cenário e cai, quantas vezes forem necessárias para conseguir a foto perfeita.




(via Hypeness)

CARTAS DE SUICÍDIO



Curta-metragem francês baseado em trechos do livro A Crackup at the Race Riots do Harmony Korine.
Dirigido por Rock Brenner, foi filmando em Strasbourg and Obernai, France, em 2011. 

JUDGE JURY AND EXECUTIONER - ATOMS FOR PEACE


Eis o primeiro sinal de vida do disco de estréia do projeto paralelo de Thom Yorke, Atoms for Peace. “Judge Jury and Executioner” (ouça-a abaixo) faz parte do disco Amok, que dá as caras para o resto do muno no mês que vem. Além de Yorke, o Atoms for Peace ainda conta com o Flea dos Red Hot Chili Peppers, o produtor Nigel Godrich, Joey Waronker que toca com o Beck e o percussionista Mauro Refosco.



(via Trabalho Sujo)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

LEYA - AUTOPUBLICAÇÃO


A editora Leya criou um serviço de auto-publicação online. Para publicar um eBook através da Escrytos o autor deve começar por se registar em www.escrytos.com e, no menu “autor”, seguir as instruções contidas na opção “publicar livro”. Qualquer pessoa que tenha um original escrito, e que detenha todos os direitos autorais sobre o mesmo, poderá aqui publicar um livro. Para isso, necessita apenas de ter um conteúdo em formato Word e registar-se na plataforma.

A publicação na Escrytos pode ser feita de forma totalmente gratuita. Os autores poderão, no entanto, utilizar os serviços editoriais ou de promoção da Escrytos cujos preços estão especificados no menu “serviços”. Uma vez terminado o processo de publicação e definido, pelo autor, o preço do seu livro digital, o mesmo ficará à venda em todas as lojas online parceiras da Escrytos (Almedina, Amazon, App Leya na App Store, Barnes & Noble, Bookwire, Fnac.pt, Gato Sabido, Google, IBA, iBook Store, Kobo, LeyaOnline, Livraria Cultura, Mundo Positivo, Mybooks, Numilog, Reader's Hub da Samsung, Submarino, Wook) e todos os parceiros com quem a Escrytos vier a estabelecer acordos de distribuição.