Neste documentário seguimos os passos e as ideias de Marina Abramovic, desde o período em que ela e Uwe Layseipen viveram uma história turbulenta de amor e performances até a sua recente retrospectiva no MoMA. Mas é neste último momento que o filme se concentra mais. Mostras retrospectivas geralmente servem como pausa para artista fazer um balanço do percurso que trilhou, repensar suas novas propostas ou sugerir uma, vai lá, aposentadoria. Vendo como Maria tem sido uma artista polêmica, controversa, contundente, atual, não é nenhuma surpresa perceber que a sua retrospectiva não mostra nenhum sinal de desaceleração.
Logo no início do documentário Marina Abramovic, A Artista está Presente, vemos Marina desfilando nua na frente de inúmeros fotógrafos com olhos e lentes arregalados. Na frente da câmera ela é deslumbrante - uma mulher confiante de 63 anos, completamente à vontade com seu corpo, e ao contrário de muitos, mais confortável ainda na frente da câmera. É nos dito no início sobre sua mãe extremamente rigorosa que, com medo de "estragar" a filha, lhe deu pouco estímulo social.
O filme mostra a artista cujo trabalho foi questionado durante toda a carreira, chegando finalmente em uma exposição explosiva onde pessoas de todo o mundo viajaram para encontrá-la e entrar pra sua história. Quem vê esse filme acaba concordando que seria impossível separar a mulher da arte e a arte da mulher.
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