terça-feira, 19 de junho de 2012

PAN CINEMA PERMANENTE

Compondo a programação de um domingo qualquer, resolvi assistir o documentário dirigido por Carlos Nader, “Pan Cinema Permanente”, um registro da história de vida e poesia do baiano, Waly Salomão.

Waly nasceu em Jequié, interior do estado. É filho de pai sírio e formado em direito – apesar de nunca ter exercido a profissão. Após a faculdade se mandou para o Rio de Janeiro – sempre o Rio de Janeiro – e tropeçou em trancos e em barrancos para se afirmar como um poeta.



O que mais me chamou atenção foi a coragem do artista de viver sua vida segundo as próprias regras. Vivendo personagens de si mesmo, a vida pra ele era uma ficção permanente. Ele era capaz de se reiventar e de se comportar como quisesse. Caetano Veloso o classificou como “excessivo”, mas não sem confessar a imensa saudade do amigo perdido – que faleceu em 2003.

O documentário é uma colcha de retalhos construída a partir de imagens captadas pelo diretor durante a longa convivência com o poeta. O jogo de imagens provoca um efeito caleidoscópico que se envolve na exibição dos poemas de Waly.

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