terça-feira, 30 de abril de 2013

100 BAHIA


Listado no El Cabong os 100 melhores discos da música baiana. Ok, calma. Não concordo com tudo, mas é interessante para conhecer um pouco mais do que se faz na Bahia que, embora poucos lembrem, exportou nos últimos 65 anos quase metade do orgulho musical nacional.

A ESPUMA DOS DIAS


A Espuma dos Dias é o novo filme do Michel Gondry, adaptado do romance de Boris Vian, conta a história fantástica sobre Colin (Romain Duris), um jovem rico e desocupado que um dia conhece e se casa com Chloé (Audrey Tautou) em uma cerimônia grandiosa. Generosamente, Colin, doa um quarto do seu dinheiro para os amigos Chick e Alise, para que eles também possam se casar. Porém, Chloé tem uma doença rara: uma flor cresce dentro de seus pulmões. A única maneira de curá-la é cercando-a de flores. 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

ANTES DA MEIA-NOITE

Foi divulgado o pôster de Antes da Meia-Noite, continuação de Antes do Amanhecer e Antes do Pôr do Sol. No pôster vemos o casal Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy) sentado à beira do Mar Mediterrâneo. 




A trama de Antes da Meia-Noite, final da trilogia iniciada em 1995, se passa, nove anos após os acontecimentos do segundo filme, Antes do Pôr-do-Sol (2004), e é ambientado na Grécia, onde Jesse e Celine, agora casados, vão passar as férias com suas filhas gêmeas. 

A trilogia foi dirigida por Richard Linklater (que também escreveu o roteiro do primeiro junto de Kim Krizam) e os roteiros dos dois últimos filmes foram feitos em parceria entre o diretor e os dois protagonistas. 

Antes da Meia-Noite tem previsão de estreia nos EUA para 24 de maio. Já no Brasil, o longa tem o lançamento agendado para 07 de junho.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

LUZ EFEITO





Uma luz girando provoca efeitos diferentes sobre o rosto de uma mulher nesse vídeo do diretor Nacho Guzmán. Esse vídeo é apenas um teaser do clipe que Guzmán gravou para "Sparkles and Wine" do duo francês Opale.

terça-feira, 16 de abril de 2013

GÊNESIS E O SEBASTIÃO SALGADO


Making of do ensaio fotográfico do Sebastião Salgado com aTribo Zo'e do Pará brasileiro no Projeto Gênesis.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

PATTI SMITH E A ESCRITA


Estou sempre escrevendo... sempre... e sempre tenho dois ou três projetos rolando simultaneamente porque minha mente é muito ativa. Às vezes estou escrevendo poemas e escrevendo músicas e trabalhando no meu livro, contos e outras coisas. Então escrever é parte da minha disciplina diária, seja pro meu website ou qualquer outro lugar, é uma disciplina consistente que eu tenho desde os 13 anos e continuo a exercitar todos os dias.

Escrevo à mão em meus cadernos ou no computador. Eu não gosto muito da máquina de escrever mais. Sempre adorei a máquina, mas ficou complicado de arranjar tinta então mudei para o computador. Mas eu sempre começo escrevendo nos meus cadernos. 

Tenho uma coleção de canetas. Ganho lindas canetas de presente do meu filho e da minha filha. Tenho uma muito boa, pequena, branca Montblanc e algumas outras mais antigas. Mas às vezes gosto de usar a Bic. Sempre carrego canetas comigo, nos bolsos. Às vezes só uso uma Uni-Ball. Gosto muito daquela Montblanc Mozarts. Eu acho que são chamadas Mozart Series. São pequenas, ponta redonda, e tem um peso muito bom, fácil de carregar nos bolsos. Mas na verdade a caneta não importa muito, eu escrevo com o que tiver.

Algumas vezes quando estou no computador eu gosto de escrever rápido e só depois voltar para editar. Não gosto de editar enquanto escrevo. Quando estou escrevendo tarde da noite no meu computador às vezes me empolgo e sigo em frente. Atualizo meu website no computador, mas se estou trabalhando em um poema ou algo como isso, sempre escrevo à mão.

UM DIA ÚTIL - MAURÍCIO PEREIRA



Que canção magnânima essa do Maurício Pereira. Está no álbum Mergulhar na Surpresa que saiu em 2001 pela Lua Discos. Deve ser raro encontrar esse disco. Para ouvir mais músicas do Maurício, clique aqui.

Abaixo a letra do Um dia útil.

terça-feira, 9 de abril de 2013

NOVA CAPA, MESMO LIVRO


A capa acima o é nome alternativo do "The Catcher in the Rye”, traduzido como "O Apanhador no Campo de Centeio" de J.D. Salinger, dada pelo blog literário de humor Better Book Titles, que desde 2010 imagina novos títulos para livros famosos. Abaixo outros exemplos do site:






JAMES WOOD SOBRE PHILIP ROTH



Alguém acreditou em Philip Roth quando (…) ele anunciou que estava se aposentando? De todos os romancistas contemporâneos, é ele quem fez a escrita parecer um ato necessário e contínuo, inseparável das continuidades e batalhas de estar vivo. Para Roth, a narração e a individualidade parecem ter nascido juntas; portanto, precisam morrer juntas também. Mais do que qualquer outro romancista moderno, ele usou a ficção como confissão e deslocamento da confissão: seus rabugentos, reclamões e alter egos, de Portnoy a Zuckerman e Mickey Sabbath, parecem todos rothianos, mesmo quando apenas atuam como substitutos do autor. Ele tornou sua infância em Newark, seus pais amorosos e irritantes, seu judaísmo, sua sexualidade, sua própria vida de escritor familiares e vívidos para milhões de leitores. Parecia precisar da ficção como uma espécie de incansável relatório performativo, e por essa razão, nos últimos anos, grandes romances (‘O teatro de Sabbath’, ‘Pastoral americana’) dividiram espaço com obras muito mais fracas e ele foi tão profícuo – a ficção ao mesmo tempo urgente e um tanto agressiva, tão necessária quanto a arte e tão desesperançada quanto a vida.

Admiro Roth (…) por muitas razões. Porque ele não permaneceu igual (sua prosa despojada é hoje muito diferente das cadências esmeradas de seu trabalho da juventude). Porque essa prosa é um instrumento maravilhoso, capaz de surpresas líricas e da simplicidade mais crua, ao mesmo tempo altamente elaborada e derramadamente oral. Porque ele é muito engraçado (pense naquele momento de ‘O escritor fantasma’ em que Nathan Zuckerman se imagina contando aos pais que fez a coisa certa, como um bom rapaz judeu, ao se casar com Anne Frank, que sobreviveu magicamente ao Holocausto). E porque ele demonstrou que o artificialismo pós-moderno e o realismo americano, em vez de serem incompatíveis, na verdade alimentam-se um ao outro – aquele que é talvez seu maior romance, ‘O avesso da vida’, toma emprestado o que julga necessário da autoconsciência pós-moderna e seus jogos ficcionais para armar uma investigação sobre o que significa ter uma vida. Que possa nossa perpétua máquina de escrever continuar perfurando o poço da página até que, como ocorreu com Henry James, tenham que lhe arrancar a caneta da mão moribunda.


A derramada declaração de amor acima (em inglês aqui), do crítico inglês James Wood ao escritor americano Philip Roth, faz parte de um ensaio que integra o novo livro do primeiro, o recém-lançado The fun stuff and other essays. Será que Roth cumprirá a promessa de nunca mais escrever? Wood está na fase da negação.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

10 LIVROS DE FOTOGRAFIA PARA LER ANTES DE MORRER







Na mesma linha das listas de obras essenciais para quem curte música, cinema, literatura, moda, design, entre outras artes, nós elencamos 10 livros de fotografia indispensáveis para quem é fotógrafo profissional, amador, esteja frequentando um curso de fotografia ou apenas aprecie belas imagens. Afinal, nada melhor para alimentar a inspiração do que grandes registros de grandes artistas.

1 – Silent Book, Miguel Rio Branco



O Silent Book é um livro de fato silencioso, pelo menos em relação às palavras, pois não traz qualquer tipo de texto. Já as imagens do fotógrafo, e artista plástico Miguel Rio Branco, falam bastante e bem alto: com uma sequência narrativa livre, as fotos trazem uma visão única sobre a realidade latino-americana por meio de retratos da violência urbana, dos objetos danificados e de locais inóspitos, como prostíbulos. Miguel foi fotógrafo da lendária Agência Magnum.


2 – 50 anos de Fotografia, Pierre Verger



Um dos maiores nomes da fotografia, o francês Pierre Verger apresentou nesta obra, que esteve esgotada no mercado por mais de 20 anos e retornou recentemente em nova edição, importantes registros de suas viagens pelos cinco continentes do planeta durante meio século. Publicado originalmente na década de 1980, a nova edição traz um texto autobiográfico de Verger, em que ele comenta os fatos dessas viagens. São mais de 250 imagens sobre a riqueza cultural e a diversidade dos povos em obra reeditada pela Fundação Pierre Verger.


3 – Terra, Sebastião Salgado       

  


Com prefácio escrito por José Saramago e vendido em conjunto, na época, com o CD Terra, de Chico Buarque, o livro de Sebastião Salgado lançado em 1997 ganhou o 40º Prêmio Jabuti de Literatura na categoria Reportagem. A obra traz imagens que retratam a vida de moradores e crianças de rua, trabalhadores sem-terra e indivíduos excluídos socialmente. Tanto o fotógrafo quanto Chico Buarque e Saramago cederam os direitos autorais da publicação ao MST (Movimento dos Sem-Terra).


4 – Viagem ao Afeganistão, Arthur Omar 



Apesar do caráter de fotorreportagem, as mais de 600 imagens do livro Viagem ao Afeganistão pretendem propor reflexões que vão além das questões políticas e geográficas. Os registros de Arthur Omar, lançados pela Cosac & Naify, foram feitos em 2002, época em que o Afeganistão encontrava-se em plena efervescência bélica.


5 – Pantanal, Araquém Alcântara 




Parte da coleção Imagens do Brasil, que reúne em diversos volumes os cliques dos mais renomados fotógrafos brasileiros em conjunto com textos de grandes personalidades, o livro Pantanal faz um mergulho na fauna e flora riquíssimas dessa região do país em mais de cem páginas.


6 – O Brasil de Marc Ferrez




Marc Ferrez é considerado o mais importante fotógrafo brasileiro do século XIX. A obra contém imagens feitas pelo artista país afora, além de detalhada cronologia, biografia e ensaios que analisam de forma detalhada as contribuições estéticas e as inovações propostas por Ferrez no campo fotográfico.


7 – Performance, Richard Avedon



Um dos mais importantes nomes da fotografia mundial, Richard Avedon gostava de desenhar as fotos antes de tirá-las, o que resultava em ângulos e cortes inéditos. Performance traz retratos de grandes artistas, como Marilyn Monroe, em momentos muito particulares e raros.


8 – Tête-à-Tête, Henri Cartier-Bresson 



Bresson dizia: “No meu modo de ver, a fotografia nada mudou desde a sua origem, exceto nos seus aspectos técnicos, os quais não são minha preocupação principal. A fotografia é uma operação instantânea que exprime o mundo em termos visuais, tanto sensoriais como intelectuais, sendo também uma procura e uma interrogação constantes. E, ao mesmo tempo, o reconhecimento de um fato numa fração de segundo, e o arranjo rigoroso de formas percebidas visualmente, que conferem a esse fato expressão e significado”. Tête-à-Tête é um apanhado de retratos feitos pelo mais famoso fotógrafo do século 20, com os rostos de personalidades como Truman Capote, Che Guevara, Pablo Picasso, Dalai Lama, Martin Luther King, entre outros. É uma inspiração excelente para quem está frequentando algum curso de fotografia e quer começar a ter contato com o amplo mundo de Cartier-Bresson.


9 – Annie Leibovitz At Work – The Making Of a Photography



Autora de algumas das fotos mais icônicas das últimas décadas (como a que Yoko Ono e John Lennon se abraçam nus), Annie Leibovitz conta em seu livro como foram feitas as imagens históricas como a de Yoko e Lennon, Demi Moore grávida e nua ilustrando a capa da revista Vanity Fair, e tantas outras.


10 – Ligeiramente Fora de Foco, Robert Capa



Fotografia de guerra era a especialidade de Capa, que cobriu os mais importantes conflitos do início do século 20. Ligeiramente Fora de Foco traz imagens exclusivas feitos pelo fotógrafo durante a Segunda Guerra Mundial, além de registros do seu diário feito na época, contando suas bebedeiras, romances, e fatos sobre o momento que o mundo atravessava e que Capa estava vendo de perto.

OEDIPUS - GARDAR EIDE EINARSSON


‘Oedipus’ (2007), de Gardar Eide Einarsson.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

O SOM AO REDOR NA REDE


Pois que era uma questão de tempo. O Som ao Redor, um dos melhores filmes que eu vi no ano passado, acabou de aparecer para download na web. E o seu diretor, Kleber Mendonça Filho, escreveu uma bonita carta e postou no Facebook: 

Olá Amigos

Temos recebido muitos emails alarmados com um início de pirataria de O SOM AO REDOR. Peço que fiquem tranquilos, demos sorte, levou um ano e quatro meses para o filme finalmente cair na rede. Faz parte. O filme está tendo uma super carreira nas salas e chegou ao iTunes 3 semanas atrás, e agora virou arquivo de compartilhamento, como era previsto. O termo “pirataria” é meio complicado, na forma como é usada. Pirataria para mim é um esquema comercial de venda ilegal de filmes, meio baixo astral. Para esse pessoal, desejo que pisem num Playmobil descalços. Para os que não vendem ou ganham dinheiro com esse filme, mas querem vê-lo e querem que outros vejam através de torrents e troca de arquivos, a tecnologia existe, está disponível, usem-na com sabedoria. O SOM AO REDOR continua disponível para download no iTunes, onde a qualidade é excelente sempre e onde quem fez o filme será pago. Para mim, é como ir numa festa e levar uma garrafa de vinho ou vodka, ou umas latas de cerveja, para aumentar o nível de brodagem do encontro. Para quem não chegar com bebida, a festa (ou o filme) será bem recebido do mesmo jeito. Obrigado!

RADIOHEAD, NEW YORK, 1997


[Publicado na Popload, por Lúcio Ribeiro]

O ano é 1997 e a época é a do lançamento do histórico “OK Computer”, disco referência que apresentou de vez o Radiohead para o mundo, pautando desde jornais pequenos ao New York Times ou Guardian na discussão sobre se aquele era um álbum que estava mudando a história da música ou, no mínimo, salvando o rock’n’roll.

Pouco depois de duas semanas do lançamento, no início de junho daquele ano (dia 9), o Radiohead faria uma apresentação famosa e concorrida no tradicional Irving Plaza, espaço artístico famoso da cidade de Nova York, construído no final do século XIX, para pouco mais de mil pessoas, capacidade da casa. Mas a lista de gente que queria/foi ver a banda de Thom Yorke naquela noite é absurda.

A Madonna estava na lista, a Courtney Love também. O Brad Pitt pediu um par de entradas VIP, o Eddie Vedder também. O renomado produtor Rick Rubin assistiu o show ao lado dos Beastie Boys. Em pé de guerra, integrantes do Blur e do Oasis dividiram o mesmo espaço para ver uma banda terceira. O U2 e seu manager Paul McGuinness queriam ver o que estava acontecendo, se aquela banda vinha para desafiá-los: levaram 18 convidados. A lista ainda tem o bamba Michael Stipe, do REM, e o distinto Marilyn Manson, que gentilmente levou 14 amigos para ver se o “OK Computer” era mesmo tendência.




A incrível “guest list” vazou e vem completa, abaixo.






Naquela noite, o Radiohead tocou:

Lucky
My Iron Lung
Airbag
(Nice Dream)
Exit Music (for a Film)
Karma Police
Talk Show Host
Fake Plastic Trees
Paranoid Android
Bones
Climbing Up the Walls
No Surprises
The Bends
Creep
Just
Planet Telex
Street Spirit (Fade Out)
The Tourist
Black Star


CAIXA PRETA



Caixa preta, de Jennifer Egan 
(publicado na Ilustríssima)

1. As pessoas raramente são como você espera que elas sejam, mesmo quando você já as viu por foto.

Os primeiros 30 segundos na presença de alguém são os mais importantes.

Se você tem problemas para observar e aparecer, concentre-se em aparecer.

Ingredientes necessários para aparecer com sucesso: risadas; pernas nuas; timidez.

O objetivo é ser ao mesmo tempo irresistível e invisível.

Quando você consegue, os olhos dele perdem certa nitidez.

2. Alguns homens poderosos realmente chamam suas gatinhas de “gata”.

Apesar da fama que têm, gatinhas compartilham um profundo sentimento de camaradagem.

Se o seu Macho Designado é altamente temido, as gatinhas da festa em que você se infiltrou para conhecê-lo serão especialmente gentis.

Gentileza é uma coisa boa, mesmo que seja baseada numa falsa noção a respeito de sua identidade e propósito.

A NUDEZ DE LOGAN WHITE





Logan White é um dos fotógrafos que eu mais gosto. No seu site você pode ver porque suas imagens conseguem nos deixar perplexos. É a mistura da crueza do seu filtro com alguma mínima manipulação pós-revelação. Nessa série exclusiva para o site NoFound, ele fotografa pessoas nuas, e vai mais avante no embasbacar da nossa retina.