terça-feira, 31 de julho de 2012

NATUREZA URBANA



As meninas pintaram a paisagem em um mural para tentar parar a Avenida Paulista bem na hora do rush. 

Somando-se à isso o texto da Luciana Saddi:
"Nossa relação com os carros e com as leis de trânsito é complexa. Entram em jogo fatores como ódio à autoridade, agressão, potência sexual, impulsividade, rivalidade, sensações difusas de perda, pressão e até claustrofobia. Alguns guiam da mesma forma que vivem, equilibrada ou loucamente. Outros se transformam em seres bárbaros só em ocasiões propícias, quando se sentem fortes e protegidos. Um sujeito aparentemente pacato pode virar um ogro ao dirigir. Uma mocinha delicada pode se tornar uma grossa que xinga, grita e fecha outros motoristas; uma pessoa equilibrada pode se tornar uma ditadora de lições de moral no trânsito. O carro, nesses casos, funciona como escudo protetor e arma. O ritmo lento do tráfego e a forma quase caótica de organização do trânsito causam ansiedade e angústia. (...)"

[via Douglas Dickel]

segunda-feira, 30 de julho de 2012

JERRY SEINFELD NO CARRO



Jerry Seinfeld volta a debater os processos criativos e as histórias engraçadas dos bastidores da cultura de comediantes americanos. Em 2001 lançaram um documentário "Os Bastidores da Comédia", que o acompanhava entre os clubes de comédia, conversando com seus amigos, testando suas piadas, tentando entender a relevância da sua profissão. É um filme muito bom, viu? Até o comprei numa banca de revistas, emprestei para alguém, e o Jerry nunca mais voltou. Sabe como é, quem empresta não teme. 

Agora o comediante de stand up mais famoso da televisão volta com um programa para a internet chamado Comedians in Cars Getting Coffee, como o próprio nome diz, conversará sobre o tema de dentro de um carro (no primeiro episódio com Larry David, eles conversaram num fusca). Ricky Gervais, Chris Rock, Louis C.K. e Michael Richards também estão entre os convidados do show. 

O SENTIDO DA VIDA


Sacou?

domingo, 29 de julho de 2012

A TROPICÁLIA SEGUNDO TOM ZÉ





Tom Zé sabe tirar um ótimo partido dos efeitos mirabolantes e amalucados da sua argumentação cancional, pontilhada de frases latinas, citações eruditas, exemplos científicos e referências literárias. Tom Zé quintessenciou o poder da interação pelo jogo, a alegria e a provocação contidas na nossa vontade de brincar, que ele desperta e desafia com seus riffs polifônicos, com suas inesgotáveis invenções sonoras, estribilhos e bordões (“onde botam ovos as canções”).
José Miguel Wisnik 

De um lado os que acham que Tom Zé está fazendo marketing. Do outro os que dizem que Tom Zé é o compositor mais jovem de todos os tempos. A questão é que no disco que vem aí, Tropicália Lixo Lógico, o maestro baiano junta suas forças às de Rodrigo Amarante, Emicida, Pélico e da Mallu. A tropicália é pop.

ALCIONE I O SURDO




Ah, a pungência da MPB dos anos 1970!

NAHUEL MACIEL: O TALENTOSO SR. RIPLEY DA LITERATURA LATINO-AMERICANA


"A principios de los noventa, Maciel se convirtió en leyenda por plagiar e inventar entrevistas a Carl Sagan, Umberto Eco, Caetano Veloso, Mario Vargas Llosa y Juan Carlos Onetti, que publicó el suplemento de cultura de El cronista comercial. La presentación de su libro de conversaciones falsas con García Márquez es el hito más conocido de su pasado, lo que se considera la cima en el ciclo ascendente de su mitomanía. Tres años después de la presentación de Elogio de la utopía, el escritor Eduardo Galeano descubrió el libro de Maciel por casualidad en una biblioteca de Estados Unidos, mientras revisaba su obra. Galeano, que no escribe prólogos, se sorprendió al ver su firma y comenzó a leer lo que supuestamente había escrito en este: «Es propio de los maestros prologar las obras de sus discípulos […], pero lo cierto es que no considero a este joven periodista como un discípulo, puesto que casi siempre es él quien me enseña»."
 Conheça a história desta figura, na íntegra, aqui.

LET IT COME


Gertrude Stein ainda dá lição em muita gente.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

NOMEDACOUSA ENTREVISTA | NANA


Fofura — é a primeira palavra que vem à cabeça, ao entrar na página de nana, duo formado pelos baianos Ananda Lima, a nana, 21, e João Vinícius, 27. O cabra internauta, cria do sertão, fica um pouco incomodado com tanto cuti-cuti. Expressionismo alemão?, lê, franzindo o cenho. Intercâmbio na Rússia? O cabra se arrepia — melhor dizendo, se arrupia inteirinhozinho. Aciona-se seu pendor ao neoarmorialismo moderado. Ele pensa impropérios sobre esta geração de artistas gestados nas classes médias das violentas e globalizadas metrópoles brasileiras, vivendo a vidinha hipster, preto no calor, instagramando os buracos entre as pedras portuguesas e se expressando em oh gods, mon dieus e guter gotts. Não que ele seja um Policarpo Quaresma. Mas ele acha que dá barato fazer arte olhando-pro-chão-olhando-pro-céu. Manter o olhar permanentemente n'além — todo bom míope sabe — não dá foco. Ele agora entoa um mantra de oxentes em ritmo de Aquarela do Brasil, enquanto o mouse vai hesitante no play.



E que voz doce! Que arranjos delicados. I cant’ fall in love — uma bossa com gosto de pôr-do-sol na praia. Benjamim é a paz da roça em música, com letra mui sofisticada. Expressionismo alemão faz o cabra levantar-se e girar, dançar um arrocha maroto. O céu de Estocolmo? Mas é o meu também! Como esta garota consegue? 

Assim nasceu o impulso para esta entrevista com nana. Nascida em Catu, registrada em Alagoinhas, criada em Guarajuba, vivendo em Salvador, ela faz música para... Digo, música que... Não, ela faz música, apesar de...

Ela faz música. 



O que, dentro de ti, te impele a fazer música?
Tem uma coisa em mim que me impele a fazer arte de modo geral. Quando eu era criança, coloquei na minha cabeça que tinha que criar coisas, e isso sempre esteve lá, em tudo o que decidia fazer. Arte é uma coisa muito íntima, de precisar se expressar de algum modo, expressar uma outra visão das coisas, um posicionamento estético, tudo isso. É algo que a gente faz meio que por necessidade. Ficar sem arte é como ficar sem água, sem comida, sem casa, a vida fica mais difícil. Essa necessidade sempre me acompanhou. Comecei querendo ser escritora, depois desenhista, depois pianista, escritora de novo, e roteirista... Aí a música me pegou, e não deu mais pra fugir. A música sempre me tocou muito mais que todas as outras formas de expressão. É a mais imediata. Quando eu escuto uma música pela primeira vez, e a música é muito boa (segundo meus critérios), eu fico num estado de: "Pronto, agora tudo faz sentido na minha vida". Quando ouvi o disco de Jorge Ben (o de 1969) pela primeira vez, foi uma coisa emocionante. Nada poderia perturbar minha felicidade de um disco como aquele ter sido feito.

HELEN RöDEL






Uma vez conheci um poeta de uns 54 anos no interior do estado da Bahia. Minha memória tosca não me faz lembrar do seu nome. Acho que era Manuel. Mas pode ser imaginação minha. Bom, Manuel, o poeta, uma vez me disse que escrevia apenas um poema por ano. Dei risada e falei que assim ele estava levando a fama de baiano preguiçoso às últimas consequências. Ele respondeu que não era por preguiça não. Seu processo é que era muito longo e ponderado. Levava um ano para escrever um poema. E pra quê mais?

A mesma sensação de que estou diante de uma criação rara eu tive ao conhecer o processo da designer de moda Helen Rödel. Resgatando técnicas como crochê ela vai trilhando o caminho oposto da indústria da moda, e faz de cada peça uma obra única. Conheci seu trabalho há alguns meses, através de não me lembro quem - que memória tosca! -, e agora saiu esse vídeo documentário sobre seu trabalho.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

A PRIMEIRA FOTO DO HOMEM


Robert Cornelius era um jovem estudante de química e metalurgia. Quando concluiu seus estudos foi trabalhar com a família, por volta de 1831. Especializou-se em revestimento de prata e polimento de metal.

Por ostentar a fama de ser um grande químico, foi procurado por Saxton para fazer uma placa para seu daguerreótipo, e então surge seu interesse pela fotografia. Tanto, que largou o trabalho com seu pai para se dedicar ao aprimoramente de técnicas fotográficas.

A foto acima é considerada a primeira tirada de um ser humano, um auto-retrato ao lado da loja de sua família em 1839. A imagem com os braços cruzados e os cabelos desgrenhados eram algo de pura rebeldia para a época.

[via Janara]

PASSAGEIROS



PASSENGERS (NEVER LET ME GO) 2011

Passengers é uma série de vídeos do Riley Harmon. O trabalho consiste em capturar a cena de algum filme de Hollywood e inserir ele mesmo nessa cena, dialogando ou não com os personagens do filme. Nesse caso foi o filme Never Let Me Go (Não me abandone jamais), dirigido pelo Mark Romanek. 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

REVOLUTION: A NOVA DO J.J. ABRAMS



O nome roteirista, diretor e produtor norte-americano J.J. Abrams virou grife depois de Lost e de Fringe. Todos os novos produtos em que ele está envolvido fazem questão de frisar que têm um dedo seu, ainda que seja na produção executiva (que é sinônimo de arranjar dinheiro), como é o caso de Revolution.

O universo em que a série se constrói é maravilhoso e instigante — o mundo sem energia elétrica, coisa sobre a qual os fanáticos por teorias apocalípticas volta e meia se debruçam, por todo o misticismo em torno de uma possível inversão dos polos magnéticos da Terra que queimaria todos os eletroeletrônicos. Mas, infelizmente, a série dá um salto para o mundo já adaptado à vida sem energia e envereda por um medievalismo maluco — quando o mais legal, convenhamos, teria sido explorar a adaptação ao novo contexto.

A GAROTA QUE VEIO DO ESPAÇO



Fábula científica de um velho ensaio do fotógrafo Tim Walker para a Vogue inglesa.

MAIEROVITCH x ABUJAMRA




No último Provocações, o convidado foi o jurista Walter Fanganiello Maierovitch, especialista em crime organizado internacional. É hollywoodiano o que ele conta que acontece na vida real.

LEVE-ME À SUA CONCESSIONÁRIA


sexta-feira, 20 de julho de 2012

O ESPELHO



Le Miroir (O Espelho) conta a história do tempo. Vencedor de "Melhor Curta Metragem"  Shanghai International Film Festival, e “Escolha da Audiência” no Manlleu Film Festival da Espanha, esse curta-metragem foi concebido por dois diretores suíços, a dupla RAMON AND PEDRO (que é formada por Antoine Tinguely e Laurent Fauchère. Vale a pena colocar em tela cheia e deixar o tempo passar. 


Depois se você for do tipo Making Of, você pode ver como o filme foi feito nesse vídeo.

MAZAGÃO


Você já ouviu falar de Mazagão, no Amapá? (Não vale googlar agora.)

Se o caso desta cidadezinha é único, não sei dizer com segurança — mas, certamente, é uma raridade: não é todo dia que se sabe de uma cidade migrante.

Isto mesmo, Mazagão é uma cidade que mudou de país. E mais: mudou de continente. Mais ainda: no século XVIII.

A história é assim: pouco depois do Descobrimento do Brasil, os portugueses fundaram, na costa do atual Marrocos, esta fortaleza, chamada Mazagão, vilarejo isolado, que nunca teve muito como se desenvolver e que, após dois séculos, não chegava a ter dois mil habitantes.

Um belo dia, nos idos de 1769, o sultão Mohamed, em meio ao longevo conflito entre católicos europeus e muçulmanos afro-árabes, decide tomar Mazagão, para onde envia um exército de cento e vinte mil homens.

Sem a mínima chance de vencer a luta, a Coroa portuguesa só vê uma alternativa para salvar seus súditos: retirá-los de Mazagão (olha aí, a tradição de fugir da cidade quando o bicho pega não é inaugurada com dom João, não). Assim, as quatrocentas e tantas famílias foram enfiadas em barcos e partiram para Lisboa.

Só que partiram para uma Lisboa recém-devastada pelo terremoto de 1755. Uma cidade sem condições de lidar com a população que tinha, veja-se lá de receber mais gente.

O que fazer? O que fazer com as famílias que estavam vivendo há meses nos barcos às margens do Tejo, num arremedo insalubre de Veneza?

O governo do Marquês de Pombal, que, desde 1750, passava por exaustivas negociações de fronteira com a Espanha em relação às colônias da América do Sul, e que estava em meio a uma hercúlea empreitada de demarcação física destes limites, tem uma ideia: mandar os mazaganenses para o norte do Brasil, para povoar e proteger território tão pouco habitado. Dois coelhos abatidos com uma só cajadada.

Mazagão então veio, em 1770, instalada nos arredores de Belém. Curiosamente, mantinha-se, desde os tempos vividos nos barcos, a mesma hierarquia social entre as famílias. Ninguém aproveitou para fazer uma pequena revolução. Talvez neste caráter unido dos mazaganenses tenha-se visto o potencial para, no ano seguinte, fazê-los migrarem de novo, para o outro lado da Ilha de Marajó, já no território que hoje é Amapá, ainda no intuito de transformá-los em cidadãos protetores das fronteiras.

Mas a Nova Mazagão, cuja mudança só se completa em 1783, não dá conta da missão a que seu povo foi imbuído, com a melhor lábia profética, aquela das promessas de grandeza e de infalibilidade. As dificuldades de se viver em plena selva fazem brotar, nas pessoas, o ressentimento da identidade amazônica e a nostalgia dos tempos passados. Nos séculos seguintes, Mazagão: a cidade que atravessou o Atlântico — como tão bem intitulou Laurent Vidal o livro que conta esta história (Martins Fontes, 294 p., R$64,50) — não teria melhor sorte; passaria a vivenciar um fluxo de saída dos descendentes originais, compensado pela chegada de remanescentes quilombolas.

E, no fim, tornar-se-ia uma, mais uma cidadezinha desconhecida, de passado pitoresco. Uma cidade invisível, como aquelas do Calvino.


[Publicado originalmente em Il Purgatório]

O QUE É UM MUSEU?


Da página do MoMA (NY, EUA) no Facebook:

WES ANDERSON EXPRESS


Que eu sou fã do Wes Anderson e estou esperando o novo filme dele sair aqui no Brasil eu já falei aqui. Mas agora eu descobri que o cara andou fazendo umas dezenas de comerciais, dando reta à sua experimentação cinematográfica. Quero dizer, nada como o mercado de publicidade, cheio de notas de dinheiro fresquinhas, para permitir que um diretor possa contar seus contos. Não sei se todos os comerciais foram dirigidos pelo Wes também foram escritos por ele, mas conhecendo os seus trabalhos e a sua marca autoral, o que parece é que sim. Principalmente o do American Express, em que ele mesmo, pela primeira vez, atua em frente as câmeras. Bom, a lista completa você pode ver clicando na imagem abaixo. 


terça-feira, 17 de julho de 2012

BRASILEIRO, ESPIÃO, VIOLINISTA


Um recente documentário radiofônico da BBC inglesa, contando a história da execução de espiões em Londres, durante a I Guerra Mundial, resgatou das sombras do passado o brasileiro Fernando Buschman, um dos acusados. Então com 25 anos, o último desejo de Buschman foi tocar violino na noite anterior à sua excecução. Leia mais.

THE XX SXSW



Show completo da banda The XX no festival de rock independente SXSW que acontece no Texas. The Strokes, White Stripes, Arcade Fire, são exemplos de bandas que foram catapultadas para o mainstream pelo festival. E sim, esse show foi em 2010 quando The XX nem era a banda que um dia começou a tocar nas baladas moderninhas. 

PROATIVIDADE NO DOS OUTROS


domingo, 15 de julho de 2012

21/12/2012


Quem não curte a catarse de uma boa teoria sobre o fim do mundo bom sujeito não é. Com a proximidade de mais uma data apocalíptica, os materiais sensacionalistas vingam mais que o verde na primeira chuva da Caatinga. Como este, da Discovery.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

ASHES & SNOW, FEATHER TO FIRE




Vídeo-arte de Gregory Colbert sobre ser carne, osso, instinto.

DEXTER: TEMPORADA 7




Com previsão de lançamento em setembro, o marketing da série Dexter — o serial killer de serial killers — já começou. Ainda que a série tenha meio que perdido o timing há duas temporadas, os fãs aguardam ansiosos.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

CAMARÃO QUE FUMA A ONDA LEVA



Tá saindo do forno a maior campanha de descriminalização das drogas na história do país. Encabeçada por FHC, a campanha quer arrecadar pessoas interessadas em questões relacionadas a mudança do código penal, separando o usuário do traficante.

Tá tudo muito simples e explicadinho lá, inclusive você pode ler a proposta de mudança da lei. Só clicar aqui.


LINIERS


Documentário sobre o incrível Liniers, cartunista argentino.

A DOENÇA DE ESCREVER















































A hipergrafia, uma compulsão irresistível por escrever – em verso ou prosa – pode ser encontrada na epilepsia, notadamente naquelas com origem no lobo temporal. Também pacientes em episódio maníaco ou esquizofrenia podem apresentar essa necessidade de escrever abundantemente.

Há quem diga que o escritor russo Fiódor Dostoiévski apresentava o sintoma como parte da sua epilepsia. A mesma suspeita é levantada quando se fala de Lewis Carroll, autor de Alice no País das Maravilhas.

Em algumas condições não necessariamente patológicas, a hipergrafia também pode render a entrada no panteão da literatura. É o caso do escritor americano Arthur Crew Inman (1895-1963).

Entre 1919 e 1963 Inman escreveu um diário com nada menos que 17 milhões de palavras sobre eventos, pessoas e observações de um período de mais de quatro décadas do século XX. Em breve será lançado um filme com John Hurt sobre a vida do autor. Veja aqui o site oficial: Hypergraphia.

Acima, ilustrando o post, um poema comcreto de Lewis Carroll intitulado The Mouse’s Tale (um trocadilho entre tale e tail, respectivamente, conto e cauda).

terça-feira, 10 de julho de 2012

A RAÇA HUMANA


Angelica Dass [carioca, formada na UFRJ e graduada na espanha],  com seu projeto Humanae, aplica classificações alfanuméricas da coloração (pantone) baseado na cor da pele de diversas pessoas fotografadas. 

ESCULTURA EM UM MINUTO


O que tiver pela frente pode servir como elemento de composição. É assim que trabalha Erwin Wurm. Ele usa qualquer objeto e material que estiver ao seu alcance. No princípio era porque ele não podia pagar por eles. Suas primeiras esculturas eram feitas de madeira porque ele morava do lado de uma madeireira, e os trabalhos seguintes eram feitos de latas e aluminíos porque ele se mudou para perto de uma fábrica de embalagens de metal. 

Essas imagens são da série One Minute Sculptures, iniciada em 1990, em que ele criava suas esculturas usando qualquer objeto, participante e espaço que estivesse disponível. Para conhecer mais sobre o seu trabalho, clique aqui.



EDUCAÇÃO: FÍSICA


segunda-feira, 9 de julho de 2012

GRANTA E OFF GRANTA


A revista britânica "Granta" publicou durante a Feira Literária Internacional de Paraty o livro "Os melhores jovens escritores brasileiros", reunindo textos de 20 autores com menos de 40 anos de todo o país. Trata-se da primeira edição nacional da "Granta", que é uma das mais respeitadas publicações voltadas a literatura e a jovens escritores no Reino Unido e nos Estados Unidos, responsável por lançar nomes como Ian McEwan e Jonathan Franzen.

Os 20 escritores reunidos no livro foram escolhidos entre 247 inscritos em concurso aberto no ano passado. Os textos inéditos foram enviados para a revista, e um júri formado por sete pessoas avaliou os textos e selecionou os melhores para a publicação.

Os escolhidos foram Carol Bensimon, Vanessa Barbara, Laura Erber, Carola Saavedra, Tatiana Salem Levy, Luisa Geisler, Cristhiano Aguiar, Javier Arancibia Contreras, Miguel del Castillo, João Paulo Cuenca, Emilio Fraia, Julián Fuks, Daniel Galera, Vinicius Jatobá, Michel Laub, Ricardo Lísias, Chico Mattoso, Leandro Sarmatz, Antônio Xerxenesky, e Antonio Prata.

Tá. O que a Granta não preveu e a internet permite é a Off Granta. O idealizador é o Marcos Faria, que partiu de uma acalorada discussão no post da Biblioteca de Raquel sobre a seleção da Granta. E como toda seleção cria desacordos a respeito das escolhas do júri, a Off Granta é o espaço para os 227 textos rejeitados. Basta que o escritor que enviou seu conto que não foi aceito mande para o site e assim esteja disponível para que um júri muito mais heterogêneo - os próprios leitores - discutam sua qualidade. 

É por essas e outras que eu adoro a internet. 

E aproveitando o post pra responder as perguntas, não, eu não mandei nenhum texto para a Granta. Porque I don`t give a shit. 

VILA-MATAS A LITERATURA


Pela segunda vez na FLIP o romancista espanhol Enrique Vila-Matas participou de uma mesa extra no cronograma da organização (tapando o buraco da falta do Nobel Jean-Marie le Clézio que não veio por problemas de saúde). Nesta conferência, Vila-Matas propôs avaliar a morte da literatura em nossa realidade contemporânea, julgando a produção atual como “parte do mercado”, como algo “irremediavelmente inútil”.

Leia mais sobre esse encontro no Opera Mundi

domingo, 8 de julho de 2012

JOHN BALDESSARI É

Eu ia escrever sobre John Baldessari aqui, sobre seus trabalhos e sua importância, mas pra quê, se o próprio vídeo  já faz isso muito bem? E ainda por cima é narrado pelo Tom Waits. Voz boa do diabo.

A questão é por que artistas como John Baldessari conseguem tanta exposição, algumas vezes internacionais, para dar continuidade em seus trabalhos, enquanto aqui no Brasil nada existe se não estiver contemplado pelo monopólio Globo? 

QUAL É O SEU DESEJO?



Esse é o Muro dos desejos de Gordon Young. 


sexta-feira, 6 de julho de 2012

PAPAI GOOGLE


Google lança concurso que te dá R$35 mil e algum suporte para investir numa ideia envolvendo as novas tecnologias.

O Brief

- Envie ideias inovadoras que usem criatividade e tecnologia para melhorar a vida das pessoas.
- Sua ideia precisa usar pelo menos um produto Google.
- Melhorar a vida pode ser, entre outras coisas, deixá-la mais fácil, sustentável ou divertida.
- Só valem ideias que não tenham sido produzidas ou veiculadas.

POR QUE ESCREVER?


A vontade de escrever se manifesta das mais diversas formas. Jornalistas, redatores, pesquisadores, romancistas, poetas, dramaturgos enfrentam contratempos e dificuldades para poderem dedicar-se à esse ofício muitas vezes ingrato. Sejam grandes nomes da literatura, sejam adolescentes em busca de uma forma de se expressar, as pessoas que gostam de escrever tem os mais variados motivos para isso, mas todas não trocam por nada a satisfação de colocar no papel as palavras que invadem suas vidas.

O site Flavorwire listou famosos autores falando sobre o que os motiva (ou motivava) a escrever. Os nomes vão desde sucessos modernos como Anne Rice (Entrevista com o Vampiro e a Rainha dos Condenados) até mestres da literatura mundial como Gustave Flaubert (Madame Bovary) e F. Scott Fitzgerald (O Grande Gatsby).

Abaixo traduzimos algumas das melhores declarações da lista. Para ver a lista completa (em inglês), dê um pulo no Flavorwire.


Ernest Hemingway (O velho e o Mar)

"Minha mira é colocar no papel o que eu vejo e o que eu sinto da melhor e mais simples maneira possível"


F. Scott Fitzgerald (O Grande Gatsby)

"Você não escreve porque quer dizer alguma coisa. Você escreve porque tem algo a dizer"


Anne Rice (A Rainha dos Condenados)

"Autores escrevem sobre o que os obceca. Você é quem tira as cartas. Eu perdi minha mãe quando tinha 14 anos. Minha filha morreu quando tinha seis. Eu perdi minha fé como católica. Quando eu estou escrevendo, a escuridão está sempre lá. Eu vou onde a dor está. Eu amo palavras. Eu adoro cantá-las, falá-las e - mesmo agora, eu preciso admitir - caí nas graças de escrevê-las."


Truman Capote (A Sangue Frio)

"Para mim, o maior prazer em escrever não está no assunto sobre o qual escrevo, mas na música interiorem que essas palavras soam."


Gloria Steinem (Escritora feminista autora de Revolution from Within)

"Escrever é a única coisa que, quando eu faço, não sinto que deveria estar fazendo algo diferente."


Lord Byron (Don Juan)

"Se eu não escrever para esvaziar minha mente, eu fico louco."


Gustave Flaubert (Madame Bovary)

"Escrever é uma vida de cão, mas é a única vida que vale a pena viver."


[via TRIP]

quinta-feira, 5 de julho de 2012

VIVA MEGAUPLOAD


O fundador do Megaupload, Kim Dotcom postou em seu perfil no Twitter que o famoso site compartilhamento de arquivos pode voltar a funcionar em breve, após consecutivos acordos antipirataria terem sido rejeitados ao redor do mundo. “SOPA is dead. PIPA is dead. ACTA is dead. MEGA will return” (SOPA está morta, PIPA está morta, ACTA está morta. MEGA irá retornar, em tradução livre), escreveu Dotcom.  

Dotcom também afirmou na mesma mensagem que o endereço retornará “maior, melhor, mais rápido, gratuito e protegido de ataques”. Depois das rejeições das propostas de lei SOPA e PIPA, o ACTA foi barrado pelo parlamento europeu nesta quarta-feira (4), por uma margem de votos folgada de 478 a 39. No entanto, ainda não há previsão para o retorno do site. 

Além de fazer o anúncio sobre a possível volta do Megaupload, Kim Dotcom também enviou um tweet direcionado aos brasileiros, e escrito em português. “Hi BRAZIL. Vocês são as melhores pessoas do mundo. Eu te amo. Mega misses you too”, escreveu o executivo. 

Em junho, o executivo anunciou também via Twitter o lançamento de um site de streaming de música chamado MegaBox, capaz de compartilhar músicas de modo que o fã pague diretamente ao artista, sem intermédio de gravadoras ou distribuidoras - o que reduziria custos. O aplicativo também teria a capacidade de armazenar e reproduzir áudio, desta forma os usuários poderiam fazer upload de suas músicas favoritas para uma conta online gratuita e acessá-las em qualquer lugar, via streaming.

O Megaupload, um dos maiores sites de compartilhamento de arquivos da Internet, foi tirado do ar em janeiro deste ano pelo governo dos EUA, devido a acusações de que os responsáveis pelo site teriam provocado um prejuízo de mais de 500 milhões de dólares aos detentores de direitos autorais devido aos filmes piratas e outros conteúdos protegidos que circulavam na rede. 

Dotcom, por sua vez está cumprindo prisão domiciliar por cometer crime de infração de direitos autorais, sob acusações de extorsão e lavagem de dinheiro. O executivo recebeu recentemente uma visita de Steve Wozniak, co-fundador da Apple, que fez questão de defender Kim e criticar o governo dos EUA.

[via UOL]

DO KITSCH AO CULT



Sotaque recifense, 'mangar', indústria cultural e uma aula de auto-crítica.

COSAC NAIFY PORTÁTIL



Está no ar a página especial da nova coleção Cosac Naify Portátil, com imagens e informações sobre os detalhes do projeto gráfico, vídeo do making of da impressão dos seis primeiros títulos, textos no blog etc. Visite!http://on.fb.me/LhjpWY

quarta-feira, 4 de julho de 2012

ISTO É ÁGUA


This is water (Isto é água) é um discurso que David Foster Wallace fez em 2005, em uma cerimônia de graduação na universidade Kenyon College, em que ele dava aula. Wallace foi um dos escritores mais aclamados e respeitados das últimas décadas. Infelizmente, poucos textos dele foram traduzidos para o português. Ele tinha uma intensa curiosidade sobre praticamente qualquer tema, e uma incrível, profunda autoconsciência. Se matou em 2008, aos 46 anos de idade, depois de uma longa batalha contra a depressão. Vale a pena saber mais sobre o DFW. 



ISTO É ÁGUA
David Foster Wallace

Há dois peixes jovens nadando ao longo de um rio, e eles por acaso encontram um peixe mais velho nadando na direção oposta, que pisca para eles e diz, “Bom dia, rapazes, como está a água?”. E os dois peixes jovens continuam nadando por um tempo, e então um deles olha pro outro e diz, “Que diabos é água?”.Se você está preocupado pensando que eu estou planejando me apresentar aqui como o peixe velho e sábio explicando o que é água, por favor não fique. Eu não sou o peixe velho e sábio. O ponto imediato da história dos peixes é que as realidades mais óbvias, ubíquas e importantes são frequentemente as mais difíceis de se ver e discutir. Declarada como uma frase, é claro, isso é só um lugar-comum banal – mas o fato é que, nas trincheiras diárias da existência adulta, lugares-comuns banais podem ter importância de vida ou morte.

terça-feira, 3 de julho de 2012

LA JETÉE



La jetée é um curta-metragem de ficção científica francês de 1962, em preto e branco, realizado por Chris Marker. Este filme de ficção científica conta a história de uma experiência de viagem no tempo num futuro pós-nuclear. Construído por meio de uma fotomontagem a preto-e-branco acompanhada de narração e efeitos sonoros, este filme foi a inspiração que levou Mamoru Oshii a conceber The Red Spectacles (1987). Foi também a inspiração de Terry Gilliam para Twelve Monkeys (1995).